terça-feira, 16 de junho de 2015

Alvorecer

Às vezes olho ao redor
Momentaneamente perdida
Sem saber que direção tomar
Completamente sozinha
Oh, não se enganem ao redor há muita gente
Mas dentro de mim é tudo vazio e solidão
As pessoas que antes eram como pedaços de mim
Que podiam completar minhas frases soltas, meus versos mudos
Hoje não compreendem nem mesmo umas simples palavras
Eu me cerco de livros e música, as únicas coisas que afastam
A dor que companha o vazio


Eu sei que talvez você não entenda
É um estranho estar solitário
Vem da alma mesmo
Quando coisas você diz, coisas simples
Tão cheias de significados e sentimentos
Como essas que lhe escrevo agora
Mas que caindo em ouvidos, ainda que ouvidos amados
Careceriam de sentido e se perderiam
Soterradas pelas coisas banais que consomem nosso dia-a-dia


Eu escrevo para não me perder
Eu escrevo para não me quebrar ainda mais
Eu escrevo quando já não consigo mais suportar
Tantas palavras se contorcendo dentro de mim
Procurando uma saída
E eu canto, mas não por cantar
Eu canto os sentimentos que minha alma precisa gritar
E eu sei que talvez você não entenda
E tudo bem
Por hoje eu só quero descansar
E esquecer a solidão que cerca este quarto vazio
Cheio de sentimentos que se perderão junto comigo
Mas tudo bem, tudo bem, eu repito
Enquanto me envolvo mais em mim mesma
E me consolo, me escuto, me entendo
Me desperto mais uma vez


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